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O CONTROVERSAS
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Este blog foi criado para divulgar e documentar a 14ª edição do Controversas, nos dias 26 e 27 de novembro de 2018, no auditório InterArtes do Instituto de Artes e Comunicação Social da UFF. Desta vez, nosso tema é a eleição 2018. Vamos debater questões como a cobertura sobre as eleições, o mercado de trabalho nas campanhas eleitorais, o uso de tecnologias a serviço da caça aos votos e o cenário político pós eleitoral. Conversas temperadas com controvérsias nos aguardam!

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Foto do escritorcontroversas2018

As redes sociais como protagonistas das eleições 2018

Por Carolina Monteiro



A segunda mesa da XIV edição do Controversas teve como tema a assessoria de imprensa dos candidatos às eleições de 2018. O evento contou com a participação de Júlia Silveira, assessora do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL); Edson Corrêa, assessor de Comunicação do deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), e Denise Ribeiro, assessora de imprensa de Aspásia Camargo (PSDB). A mediação foi de Vinicius Ghahy e Julliana Reis, alunos da UFF.


As particularidades das eleições de 2018 foram um assunto recorrente nessa mesa. Todos os convidados concordaram com a ideia de que as últimas eleições foram diferentes de todas as anteriores. O presidente eleito Jair Bolsonaro também foi pauta das discussões. Edson comparou Bolsonaro ao presidente americano Donald Trump, no modo de se comunicar, e disse considerar claro que o brasileiro não dispôs de assessoria profissional ou teve uma assessoria fraca durante a campanha.


Além disso, os convidados consideraram que o presidente eleito construiu uma campanha se desvinculando da imprensa tradicional, o que tornou esse processo eleitoral atípico.

Quando questionada sobre como era o trabalho de um assessor de imprensa, Julia disse que pensar o candidato como uma marca torna o trabalho mais fácil. Além disso, ela ressaltou o fato perturbador de trabalhar com alguém que está ameaçado de morte. Os convidados reforçaram a ideia de que Marcelo Freixo andar com seguranças não é nenhum privilégio. Muito pelo contrário: é algo preocupante.


“O assassinato de Marielle [Franco, vereadora do PSOL assassinada em 2017] é um ataque à Democracia”. Ainda sobre o assassinato, Julia contou do susto do partido quando teve a notícia. Esse choque aconteceu porque a vereadora nunca havia sido ameaçada, ao contrário de outros políticos do PSOL.


A jornalista contou detalhes e curiosidades sobre o partido. Por exemplo, que nele há uma cultura de apoio mútuo entre os candidatos. Quando Marielle Franco e Tarsício Motta se candidataram a vereadores, eram concorrentes. Entretanto, esse fato, ao invés de afastá-los, fez com que um fizesse propaganda e pedisse votos para o outro. A estratégia se mostrou eficaz, visto que ambos foram eleitos.


Segundo Denise Ribeiro, a presença nas redes sociais é fundamental para que uma campanha política seja bem-sucedida. Ela contou como trabalhou para aumentar a visibilidade de sua assessorada Aspásia Camargo, nas últimas eleições. Aspásia foi candidata ao Senado e não conseguiu se eleger, mas ganhou bastante espaço nas principais redes. Edson Corrêa enfatizou que as redes sociais foram verdadeiras protagonistas das últimas eleições.


Quando questionada sobre o futuro do jornalismo em meio ao atual cenário político, Denise Ribeiro destacou que é hora de criticar, de cobrar e de questionar.

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